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A importância das alias para o seu fluxo de trabalho

O objetivo deste artigo é oferecer uma visão geral sobre o que são aliases, sua importância para o nosso fluxo de trabalho, quando é o momento apropriado para criá-los, como criá-los e alguns exemplos pessoais.

O que são aliases?

Podemos considerar os aliases como uma interface de texto para comandos no terminal (ou shell), onde você pode usá-los para mapear comandos longos, repetitivos ou complexos.

Para verificar quais aliases já estão disponíveis em sua máquina, abra o terminal e digite o comando alias.

Imagem 1: Lista de aliases ao digitar e executar o comando alias no terminal.

Por que eles são importantes?

A importância dos aliases está diretamente ligada ao ganho de tempo no desenvolvimento. Com eles, podemos automatizar tarefas repetitivas ou executar comandos extensos usando abreviações.

Quando criar?

Imagine que você acaba de entrar em um novo projeto e percebe que todos os dias está executando os mesmos comandos para uma tarefa específica (por exemplo: navegar por vários diretórios até chegar no diretório do seu projeto) várias vezes ao dia.

Talvez você passe alguns minutos procurando pelo comando certo no histórico do seu terminal, ou talvez você acabe se esquecendo de alguns comandos, ou talvez você queira automatizar algumas tarefas para os membros da sua equipe, e por aí vai.

Se você se identificou com algum dos cenários descritos acima, pode ser que seja hora de pensar na criação de alguns aliases.

Uma boa maneira de descobrir quais comandos você repete constantemente no seu dia a dia é digitando history em seu terminal ou editando o arquivo .bash_history, que se encontra na raiz do seu usuário, onde são guardados todos os comandos executados. Para ver os 15 comandos que você mais repetiu, digite em seu terminal (é necessário ter o awk instalado em sua máquina):

history | awk '{a[$2]++}END{for(i in a){print a[i] " " i}}' | sort -rn | head -n 15 (caso se pergunte... sim, o comando acima foi automatizado).

Imagem 2: Lista de comandos mais executados filtrando o comando history.

Como você pode ver na imagem acima, o comando ls foi executado 3492 vezes neste computador, seguido do comando gst, que é um alias que se traduz para git status ao ser executado.

Como criar?

A criação de aliases é bastante simples. Basta criar uma linha começando com alias seguida do nome que será dado ao seu alias e atribuir um comando a ele.

Por exemplo, imagine que você utilize um comando específico do git para mostrar os logs de maneira formatada. Você poderia digitar o seguinte comando em seu terminal:

alias glog='git log --pretty=format:"%h %s" --graph'

Com isso, ao digitar o comando glog em seu terminal, ele estará executando na realidade o comando git log --pretty=format:"%h %s" --graph.

No entanto, ao fechar a sessão atual do seu terminal, o alias recém-criado seria perdido. Para que ele seja carregado todas as vezes ao abrir o terminal, é preciso que ele seja adicionado em um arquivo que é carregado junto com a sessão (por exemplo, o .bash_profile).

Experimente adicionar essa linha no final do arquivo, fechar o seu terminal e abrir novamente para ver se o alias recém-criado continua funcionando.

Uma dica é você criar seus aliases como um projeto em um diretório e separá-los por contexto. Você pode conferir um exemplo das minhas configurações de bash e de meus aliases.

Conclusão

No meu dia a dia como desenvolvedor de software, a utilização de aliases é frequente e economiza vários minutos. No entanto, é preciso tomar cuidado para não cair na armadilha de querer automatizar tudo. Há tarefas que são executadas tão raramente que talvez nem valham o esforço de criar aliases para elas.

Sugiro que você faça o exercício de verificar os comandos que mais utiliza e pensar se faz ou não sentido criar aliases para eles.